quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Somo aqueles que queremos ser.

Descobri dias atras que normalmente nos vemos sempre nas mesmas situações, o que muda são as pessoas, não as outras pessoas, falo da pessoa que nos tornamos, recentemente me vi uma pessoa que eu achei que já não existisse mais, e infelizmente ele voltou, me vi preso em mim mesmo.
Todos temos uma pessoa legal, uma pessoa chata, uma pessoa mau humorada, uma pessoa insegura, uma pessoa que quer o bem e o mau alheio, todos dentro de nós mesmos, eu tenho 2 pessoas que odeio, um é o cara que constantemente coloca a felicidade e bem estar dos outros a sua frente, e acaba nem lembrando quem é, e o cara que vem depois que se perde e fica tentando se achar nas ações dos outros, odeio esses dois, fiz muito para ver eles indo embora ou pelo menos longe, mas é uma luta constante, sem ao menos perceber abrimos a guarda, seja por algumas pessoas, ou por situações, seja como for,  esses "caras" quando percebemos voltaram.
O cara que põe tudo na frente pra felicidade alheia nem sabe quem é, esse apareceu quando eu me separei, acredito que minha vontade de ser feliz era tanta que gerei esse ser que é capaz de ir ao fundo do poço da foça, pra tentar ver alguém feliz, pra enfim imaginar que essa pessoa feliz o fará feliz, deprimente mas essas coisas acontecem juro, o segundo cara, é o que vem logo na seqüência, o que está sempre a esperar por algo, quando a outra pessoa não dá o que ele quer ele sofre e reclama, sofre por uma mensagem sms, por um "oi" por uma mensagem em whatsapp, por um carinho no facebook, por um telefonema do nada, não sabe pra onde ir, o que fazer, vive em prol do caminho pra tudo voltar atras a ser como era quando ele tinha a segurança, a coisa mais chata do mundo ambos.
Por que geramos essas pessoas? sinceramente essa é a pergunta que me faço constantemente, ultimamente entendi uma coisa que me ajudou muito, eu não quis nem um nem outro, quero ser eu, mas o fato é que no decorrer do caminho nos tornamos pessoas que são facetas de nos mesmos, algumas vezes esses "caras" no meu caso tomam mais espaço geralmente por insegurança que eu me deixava criar, temos muitas pessoas dentro de nós e escolhemos quem somos e quem vamos ser para as outras pessoas, dessa ultima vez confesso fui esses 2 por 3 horas, doeu mais me reconhecer esses "caras", do que a distancia ou a frieza da outra pessoa, andei tentando tanto tempo entender as "pessoas" que as outras pessoas se tornavam, que esqueci de entender quem eu estava me tornando cada uma dessas vezes, dessa vez fui rápido, decidi que meu Tyler Durden pode até existir, mas na hora que eu quero e quanto tempo eu quero, e somente se eu quiser também, descobri que cada vez que tentei entender os "caras" dos outros eu esqueci do cara aqui, EU.
Acredito também que cada um consegue gerar na gente a pessoa que ela quer ter por perto, se a pessoa que você convive foi fria, ou foi seca, ou foi intensa demais, dependeu de nós também gerar isso, mas não devemos esquecer o seguinte, a outra pessoa até pode despertar em nos qualquer "cara" que ela quiser, mas cabe a nós ver também qual cara devemos ser para as pessoas, recentemente alguem foi intensa pra mim, me dando a segurança que eu poderia ser intenso, isso a assutou, liberou o cara errado, obrigação minha mostrar que aquele poderia ser só uma face de mim, não tive tempo porem entendi que mesmo quando tudo mostra intensidade o dever de ponderar é meu, não só pela pessoa, mas pra eu não me machucar também.
Despertamos e adormecemos o melhor e o pior de nos, tudo conforme necessário, podemos ser varios, mas devemos ser sinceros a nós, viveremos pra sempre com os "caras" mas descobri também dessa vez qual eu desejo ser, e estou sendo.